Todo ano, no final do primeiro semestre, a FAP – Faculdade de Artes do Paraná – apresenta ao público uma montagem teatral com os alunos do quarto ano do Bacharelado em Artes Cênicas. É parte da conclusão da disciplina de interpretação, onde os alunos acompanham todo o processo de construção do espetáculo, dirigidos pelo professor de interpretação. Pelo segundo ano consecutivo o professor responsável é o ator e diretor teatral Marcio Mattana. No ano passado Marcio montou com os alunos Recreio Pingue- Pongue, um espetáculo sobre a obra de Oswald de Andrade.
Por um lado, isoladamente do histórico de montagens da Faculdade, Elizaveta Bam vale a pena porque é uma aventura teatral de qualidade, onde a platéia insere-se e acomoda-se livremente por todo o espaço cênico ocupado pelo espetáculo. De outro lado, analisando os trabalhos dos anos anteriores na Faculdade, descobrimos que a montagem do quarto ano, dirigida pelo professor de interpretação, tem se tornado um evento obrigatório para o público realmente interessado por teatro em Curitiba. Quem ainda não viu está perdendo muito.
ELIZAVETA BAM
Principal obra dramática de Daniil Charms e do Grupo Oberiu, foi escrita em 1927. Tida hoje como precursora do teatro do absurdo e da obra de Eugene Ionesco, a peça gira em torno de uma mulher, Elizaveta, acusada de ter assassinado o homem que está vindo prendê-la. Para tanto, lança mão de uma estrutura inusitada: cada uma das dezenove cenas se desenvolve em um gênero dramático distinto. Daniil Charms (Daniil Ivanovich Yuvachov), poeta, contista e dramaturgo russo, foi o nome central do Grupo Oberiu, movimento de vanguarda artística da antiga União soviética. Perseguido ferozmente pelo regime stalinista, morreu de fome em uma prisão, em 1942. Sua obra foi salva do regime por amigos e veio a ser conhecida apenas nos anos sessenta.
O ESPETÁCULO
Reunir um elenco de 22 alunos/atores com desejos e repertórios diferentes, inseri-los no processo de criação e administrar a produção artística deste espetáculo, não é uma missão muito simples. Marcio Mattana faz isso melhor do que ninguém. Muito sensível e criativo, o diretor paranaense não mede esforços quando está à frente de um processo tão dispendioso quanto este.
A encenação, muito diferente da apresenta no ano anterior, ocupa todos os lugares do teatro/barracão Cleon Jaques em Curitiba. Tudo vira espaço cênico ou moldura para as cenas. Os atores interpretam, cantam e dançam durante a sequência de cenas surpreendendo a platéia de até 60 pessoas que, ao mesmo tempo em que caminham livremente pelo espaço, tentam descobrir qual o melhor ângulo para se posicionarem diante das cenas.
Para alguém como eu, que já acompanhou um processo de criação e montagem do professor Marcio Mattana, sabe que competência, criatividade e comprometimento com a educação são ingredientes básicos na receita infalível do diretor. Antes de escolher o projeto, ele sempre dedica-se ao conhecimento da turma que irá trabalhar. Márcio, ao lado de outros grandes nomes do elenco de professores da FAP, é um dos principais responsáveis pelo crescimento qualitativo do teatro universitário curitibano e da produção Fapiana.
Parabéns a Faculdade de Artes do Paraná. Parabéns ao querido Marcio e a todos os alunos envolvidos em Elizaveta Bam.
Para quem ainda não viu, o espetáculo terá mais duas apresentações nos dias 08/07 (quarta) e 09/07 (quinta) no teatro Cleon Jaques – Parque São Lourenço em Curitiba. As sessões são sempre as 21:00h. Entrada franca para a lotação máxima de 60 pessoas.
Por um lado, isoladamente do histórico de montagens da Faculdade, Elizaveta Bam vale a pena porque é uma aventura teatral de qualidade, onde a platéia insere-se e acomoda-se livremente por todo o espaço cênico ocupado pelo espetáculo. De outro lado, analisando os trabalhos dos anos anteriores na Faculdade, descobrimos que a montagem do quarto ano, dirigida pelo professor de interpretação, tem se tornado um evento obrigatório para o público realmente interessado por teatro em Curitiba. Quem ainda não viu está perdendo muito.
ELIZAVETA BAM
Principal obra dramática de Daniil Charms e do Grupo Oberiu, foi escrita em 1927. Tida hoje como precursora do teatro do absurdo e da obra de Eugene Ionesco, a peça gira em torno de uma mulher, Elizaveta, acusada de ter assassinado o homem que está vindo prendê-la. Para tanto, lança mão de uma estrutura inusitada: cada uma das dezenove cenas se desenvolve em um gênero dramático distinto. Daniil Charms (Daniil Ivanovich Yuvachov), poeta, contista e dramaturgo russo, foi o nome central do Grupo Oberiu, movimento de vanguarda artística da antiga União soviética. Perseguido ferozmente pelo regime stalinista, morreu de fome em uma prisão, em 1942. Sua obra foi salva do regime por amigos e veio a ser conhecida apenas nos anos sessenta.
O ESPETÁCULO
Reunir um elenco de 22 alunos/atores com desejos e repertórios diferentes, inseri-los no processo de criação e administrar a produção artística deste espetáculo, não é uma missão muito simples. Marcio Mattana faz isso melhor do que ninguém. Muito sensível e criativo, o diretor paranaense não mede esforços quando está à frente de um processo tão dispendioso quanto este.
A encenação, muito diferente da apresenta no ano anterior, ocupa todos os lugares do teatro/barracão Cleon Jaques em Curitiba. Tudo vira espaço cênico ou moldura para as cenas. Os atores interpretam, cantam e dançam durante a sequência de cenas surpreendendo a platéia de até 60 pessoas que, ao mesmo tempo em que caminham livremente pelo espaço, tentam descobrir qual o melhor ângulo para se posicionarem diante das cenas.
Para alguém como eu, que já acompanhou um processo de criação e montagem do professor Marcio Mattana, sabe que competência, criatividade e comprometimento com a educação são ingredientes básicos na receita infalível do diretor. Antes de escolher o projeto, ele sempre dedica-se ao conhecimento da turma que irá trabalhar. Márcio, ao lado de outros grandes nomes do elenco de professores da FAP, é um dos principais responsáveis pelo crescimento qualitativo do teatro universitário curitibano e da produção Fapiana.
Parabéns a Faculdade de Artes do Paraná. Parabéns ao querido Marcio e a todos os alunos envolvidos em Elizaveta Bam.
Para quem ainda não viu, o espetáculo terá mais duas apresentações nos dias 08/07 (quarta) e 09/07 (quinta) no teatro Cleon Jaques – Parque São Lourenço em Curitiba. As sessões são sempre as 21:00h. Entrada franca para a lotação máxima de 60 pessoas.
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