Neste ano, em função dos meus projetos que estréiam em Abril e por estar em cartaz com CHICLETE & SOM, vi bem menos espetáculos do que nas edições anteriores. Também estive distante dos buchichos e confusões sempre presentes no Festival. Para mim foi um período de muito trabalho paralelo.
Ao contrário do ano passado, que escrevi sobre alguns espetáculos separadamente, farei agora um resumo dos principais trabalhos que assisti e que valem à pena comentar.
Ao contrário do ano passado, que escrevi sobre alguns espetáculos separadamente, farei agora um resumo dos principais trabalhos que assisti e que valem à pena comentar.
(VIDA - foto divulgação)
Vi a estréia da Companhia Brasileira, o espetáculo VIDA. Como já disse aqui no blog, gosto muito do trabalho do diretor Márcio Abreu, sempre presto muita atenção em como a palavra é trabalhada na dramaturgia. A forma de como o texto é interpretado pelos atores é uma preocupação recorrente nos espetáculos do Márcio. Apostos frisados, repetições constantes e uma maneira cotidiana de fazer a palavra caber na boca dos atores, já são marcas registradas na Companhia. As soluções criativas quanto à encenação também são elementos que me chamam muita atenção. Desta vez, o cenário foi grandioso com direito a parede de fundo móvel e outras revelações. A Companhia Brasileira fará uma nova temporada de VIDA em Abril, quem não conseguiu ver no Festival, não perca.
Outro grupo que procuro não perder é o Galpão. Desta vez os mineiros trouxeram TILL, A SAGA DE UM HERÓI TORTO. O espetáculo originalmente foi feito para a rua, mas no Festival foi adaptado também para a Ópera de Arame. É sempre muito bacana ver as qualidades técnicas e criativas do Galpão, pois sempre os trabalhos são feitos com muita qualidade, porém acho que nós, o público, também gostaríamos de ver os atores do Galpão em um lugar de maior risco, um lugar menos confortável do que este que nós já sabemos que eles sempre tiram de letra.
NÃO SOBRE O AMOR da Sutil Companhia, espetáculo super elogiado pela crítica e ganhador de vários prêmios importantes, se apresentou na mostra Fringe. A encenação é genial, combina um cenário fabuloso com projeções fantásticas e uma iluminação brilhante. Porém, na minha opinião, a dramaturgia é um ponto bem fraco no espetáculo e fez com que a performance dos atores não ultrapassasse a qualidade de um texto bem dito e só.
IN ON IT da Companhia dos atores, dirigida por Enrique Dias, é tão brilhante quanto A GAIVOTA, último espetáculo do Enrique que vi. Pouca tecnologia teatral, muito trabalho de ator, dramaturgia brilhante e direção impecável são os pontos altos do espetáculo.
SIMPLESMENTE EU, CLARICE LISPECTOR, monólogo de Beth Goulart, me emocionou muito pelo grande elogio à minha escritora favorita. É uma bela interpretação de Clarice, fundamentada sobre uma pesquisa bastante rica. Enquanto encenação teatral não ultrapassa nenhum lugar conhecido, mas gostei muito de ter visto.
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