RELATO DE UM PROCESSO
Abstratos foi minha prova pública de conclusão do curso de bacharelado em artes cênicas pela FAP – Faculdade de Artes do Paraná. É interessante visualizar agora, depois de concluído, como se desenrolou tal processo de construção teatral.
Minha atuação se deu em três níveis diferentes e, por outro lado, complementares no espetáculo. Criei e desenvolvi o cenário, o figurino e fazia parte também do elenco de três formandos em interpretação.
Na interpretação, tinha ao meu lado duas excelentes atrizes: Camilla La Souza e Verônica Rodrigues. Ambos, tínhamos todos os interesses e preocupações normais de qualquer aluno formando que se filia a algum projeto de um diretor.
De início, não gostamos do texto, mas resolvemos unir nossas forças e aceitar a parceria com o também formando em direção teatral André Wormsbecker. No decorrer do processo, continuamos a nos derrapar entre as insatisfações com o texto. Mesmo assim, lutamos e continuamos a nos dedicar a tão difícil missão: representar bem e satisfazer principalmente aos nossos próprios desafios como atores.
Nos colocamos a serviço do texto e da direção. Palpitamos, sugerimos, afirmamos e negamos algumas escolhas. Sobrevivemos e, ao que tudo parece, saímos vitoriosos e mais experientes.
Quanto a criação artística e visual do espetáculo, ou seja, o cenário e figurino, propus que o teatro se apropriasse da década de 60, época em que o texto foi escrito, através do contraste entre o preto e o branco. Sobreposições de formas, linhas e estampas estavam já no projeto inicial da arte. Fui contestado, no bom sentido, e alertado pelos professores orientadores do projeto para cuidar dos excessos que tal escolha poderiam apresentar. Porém, minha intuição dizia que eu deveria investir nessa linguagem e opção estética para o visual do espetáculo. Sempre aprovado pelo amigo diretor André, desapeguei de algumas idéias, renovei outras, aceitei sugestões de algumas outras idéias, mas o principio da criação permaneceu inalterado.
Parece que deu certo, gostaram do resultado. Eu também gostei. Comemorei com toda a equipe as nossas vitórias que felizmente foram maiores que nossos fracassos.
Teatro também se faz no coletivo, em equipe e essa é uma exigência natural para que essa arte possa se concretizar, portanto deve ser estabelecida sempre em prol do bem comunitário. Esse exercício nos valeu até mais que os resultados. Vencemos. Entre dores e prazeres, nós vencemos nosso desafio. Abstratos era inicialmente exemplo do teatro clássico brasileiro, quebramos um pouco essa formatação, estabelecemos uma nova relação e nos encontramos com novas possibilidades de discurso.
Obrigado a equipe de Abstratos e ao convite do diretor André, assim como a parceria com as atrizes citadas. Obrigado aos orientadores Chico Nogueira, Luciana Barone e Márcio Mattana, ambos atores/diretores e professores da FAP. Obrigado aos queridos parceiros de turma e ao demais publico, parentes e amigos, que nos prestigiaram. Valeu!
Abstratos foi minha prova pública de conclusão do curso de bacharelado em artes cênicas pela FAP – Faculdade de Artes do Paraná. É interessante visualizar agora, depois de concluído, como se desenrolou tal processo de construção teatral.
Minha atuação se deu em três níveis diferentes e, por outro lado, complementares no espetáculo. Criei e desenvolvi o cenário, o figurino e fazia parte também do elenco de três formandos em interpretação.
Na interpretação, tinha ao meu lado duas excelentes atrizes: Camilla La Souza e Verônica Rodrigues. Ambos, tínhamos todos os interesses e preocupações normais de qualquer aluno formando que se filia a algum projeto de um diretor.
De início, não gostamos do texto, mas resolvemos unir nossas forças e aceitar a parceria com o também formando em direção teatral André Wormsbecker. No decorrer do processo, continuamos a nos derrapar entre as insatisfações com o texto. Mesmo assim, lutamos e continuamos a nos dedicar a tão difícil missão: representar bem e satisfazer principalmente aos nossos próprios desafios como atores.
Nos colocamos a serviço do texto e da direção. Palpitamos, sugerimos, afirmamos e negamos algumas escolhas. Sobrevivemos e, ao que tudo parece, saímos vitoriosos e mais experientes.
Quanto a criação artística e visual do espetáculo, ou seja, o cenário e figurino, propus que o teatro se apropriasse da década de 60, época em que o texto foi escrito, através do contraste entre o preto e o branco. Sobreposições de formas, linhas e estampas estavam já no projeto inicial da arte. Fui contestado, no bom sentido, e alertado pelos professores orientadores do projeto para cuidar dos excessos que tal escolha poderiam apresentar. Porém, minha intuição dizia que eu deveria investir nessa linguagem e opção estética para o visual do espetáculo. Sempre aprovado pelo amigo diretor André, desapeguei de algumas idéias, renovei outras, aceitei sugestões de algumas outras idéias, mas o principio da criação permaneceu inalterado.
Parece que deu certo, gostaram do resultado. Eu também gostei. Comemorei com toda a equipe as nossas vitórias que felizmente foram maiores que nossos fracassos.
Teatro também se faz no coletivo, em equipe e essa é uma exigência natural para que essa arte possa se concretizar, portanto deve ser estabelecida sempre em prol do bem comunitário. Esse exercício nos valeu até mais que os resultados. Vencemos. Entre dores e prazeres, nós vencemos nosso desafio. Abstratos era inicialmente exemplo do teatro clássico brasileiro, quebramos um pouco essa formatação, estabelecemos uma nova relação e nos encontramos com novas possibilidades de discurso.
Obrigado a equipe de Abstratos e ao convite do diretor André, assim como a parceria com as atrizes citadas. Obrigado aos orientadores Chico Nogueira, Luciana Barone e Márcio Mattana, ambos atores/diretores e professores da FAP. Obrigado aos queridos parceiros de turma e ao demais publico, parentes e amigos, que nos prestigiaram. Valeu!
Ficha técnica:
Direção: ANDRÉ WORMSBECKER
Elenco: CAMILLA LA SOUZA, PAULO VINÍCIUS e VERÔNICA RODRIGUES.
Cenário e figurino: PAULO VINÍCIUS
Cabelo e maquiagem: ANDREA TRISTÃO
Iluminação: AUGUSTHO RIBEIRO
Projeções em vídeo: ANDRÉ WORMSBECKER
Participações especiais: LEONARDO TELLES E AMANDA BARANOSKI
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