quarta-feira, 28 de março de 2012

SAPATARIA ROCOCÓ

 
Existem coisas que querem nascer e eu simplesmente deixo. Não tão simplesmente, porque nada é tão simples. Uma ideia só sai do domínio do pensamento com algum esforço, muita dedicação e uma enorme paixão pelo que se teve.  Geralmente, durante os processos, as descobertas acontecem. Elas aconteceram comigo.
Descobrir o prazer que dá alimentar uma ideia até que ela se transforme em matéria, descobrir aquilo que se constrói diante dos olhos com o trabalho é surpreendente. A partir daí, o que se faz é recompensador. O projeto da SAPATARIA ROCOCÓ foi assim.
Para realizar esse trabalho, me permiti continuar buscando o Barroco, o Kitsch, através de materiais, formas e cores. Essa pesquisa já tinha iniciado anteriormente na criação do figurino para o espetáculo MENTIRA! dirigido por mim em 2010. Este é um novo momento da pesquisa e sinto que essa busca não se encerrará aqui.
Os encontros também acontecem. Neste trabalho, alguns amigos queridos, artistas super talentosos, aceitaram meu convite, se contagiaram com minhas questões e me devolveram uma série de outras descobertas sobre o trabalho, cada um ao seu jeito, mas totalmente integrados ao desenvolvimento do projeto. Só tenho a agradecer pelos encontros no projeto SAPATARIA ROCOCÓ.


Obrigado Fer, queridão, de papos colossais, sempre geniais e com muitas gargalhadas.  Seus questionamentos sempre foram reveladores para entender que história de sapatos era essa que estava nascendo. Obrigado por tanta atenção. Foi um privilégio!
Marco, fotógrafo impecável e amigo querido, paciente, técnico, criativo e perfeccionista – você deu ao trabalho o valor que ele ainda não tinha. Foi luxuoso ter você comigo: Obrigado pela arte, confiança e competência!
Carol, você é pura elegância e puro profissionalismo, muito obrigado pelo carinho que dedicou ao trabalho, por tantas proposições e por sua presença adorável e marcante. Esquecer que você era vegetariana foi o maior mico da minha vida!  
Pablito, meu parceiro querido, você definiu com muita personalidade o acabamento artístico do trabalho. Você propôs grandes lugares e poesias. Adoro o seu jeito de ver as coisas e a sua relação com o trabalho. Estar com você sempre é confortável e acolhedor.
E Lis, minha sempre professora, doutora do figurino, parceira de trabalhos, amiga que sempre me foi muito carinhosa. Que bom poder contar com você, muito obrigado por aceitar o convite, obrigado por psicografar o que ali estava. Você retornou ao trabalho a impressão de que ele necessitava.

SAPATARIA ROCOCÓ é uma exposição virtual de doze pares de sapatos customizados por mim. É o resultado do encontro entre parcerias artísticas fantásticas. Apareça para nos visitar, pode chegar, é só entrar: http://www.sapatariarococo.blogspot.com.br/

EQUIPE:
Figurinista: PAULO VINÍCIUS - Fotógrafo: MARCO NOVACK - Designer gráfico: PABLITO KUCARZ - Assistente de fotografia: CAROLINA FAUQUEMONT - Texto incidental: AMÁBILIS DE JESUS - Assessor de imprensa: FERNANDO DE PROENÇA.

domingo, 25 de março de 2012

FESTIVAL DE CURITIBA 2012

Como em todo ano, esses dias que antecedem a abertura do Festival de Curitiba são sempre intensos e corridos. Alguns espetáculos, que participei como cenógrafo e (ou) figurinista, voltam em cartaz e preciso acompanhar as montagens e rever detalhes. Do no passado volta agora para mais quatro apresentações o espetáculo A CIDADE, uma encenação da Inominável Companhia de Teatro para o texto de Martin Crimp, dirigido por Marcio Mattana. Deste início de ano volta DARWIN, da Processo MultiArtes , dirigido por Fábio Salvati. Outros trabalhos estreiam durante o Festival, daí tanta correria.  A VACA PRÓDIGA, do teatro de Breque, dirigido por Nina Rosa Sá está estreando e fiz alguns adereços para a encenação. Ambos os três espetáculos integram a mostra Novos Repertórios que acontecerá no Teatro da Caixa Cultural, estão todos convidados.
                O Festival inicia no próximo dia 28  de Março e acontece até o dia 08 de Abril. Nessa edição teremos algumas boas surpresas como O IDIOTA de Cibele Forjaz e GARGÓLIOS de Gerald Thomaz, espetáculos que não dá pra deixar de ver. Também comprei ingressos para outros trabalhos, de artistas que já conheço como ECLIPSE do Grupo Galpão, por exemplo, e HÉCUBA de Gabriel Villela. Além destes, fiz também outras apostas, espetáculos que escolhi sem nenhuma indicação segura, apenas apostei no texto ou na proposta de linguagem e fico torcendo  para serem gratas surpresas também.
                Como em todo ano também, ficaremos um pouco atrapalhados, artistas e público, devido a quantidade de espetáculos acontecendo. Ainda sou defensor da qualidade no lugar da quantidade e gostaria que o Festival acontecesse em outro formato, mas como sei que não adianta insistir, faço vista grossa e tento aproveitar tudo o que for bom e tudo o que eu conseguir.
                Tem um clima bom pelas ruas da cidade, onde muita gente bacana procura ser surpreendia pelas atrações e se abrem para as boas propostas.  Outra gente, que não se relaciona com o movimento cultural e, sobretudo, teatral de Curitiba, sai de casa no Festival para assistir ou apresentar espetáculos.  Todo ano me esbarro em vários acontecimentos interessantes.  Surpreendo-me com os nomes das peças, com o comportamento das plateias e com a visão dos artistas. Como toda surpresa o efeito pode ser positivo ou desastroso. Tem de tudo: delícias e bizarrices. Já sei que a felicidade pode ser pura questão de sorte, mas como não tenho preguiça, me jogo e vou fundo.
                Estou na área, como diria um parceiro querido, e espero que a gente se encontre.
                Tenham todos um bom Festival!