Como em todo ano, esses dias que antecedem a abertura do Festival de Curitiba são sempre intensos e corridos. Alguns espetáculos, que participei como cenógrafo e (ou) figurinista, voltam em cartaz e preciso acompanhar as montagens e rever detalhes. Do no passado volta agora para mais quatro apresentações o espetáculo A CIDADE, uma encenação da Inominável Companhia de Teatro para o texto de Martin Crimp, dirigido por Marcio Mattana. Deste início de ano volta DARWIN, da Processo MultiArtes , dirigido por Fábio Salvati. Outros trabalhos estreiam durante o Festival, daí tanta correria. A VACA PRÓDIGA, do teatro de Breque, dirigido por Nina Rosa Sá está estreando e fiz alguns adereços para a encenação. Ambos os três espetáculos integram a mostra Novos Repertórios que acontecerá no Teatro da Caixa Cultural, estão todos convidados.
O Festival inicia no próximo dia 28 de Março e acontece até o dia 08 de Abril. Nessa edição teremos algumas boas surpresas como O IDIOTA de Cibele Forjaz e GARGÓLIOS de Gerald Thomaz, espetáculos que não dá pra deixar de ver. Também comprei ingressos para outros trabalhos, de artistas que já conheço como ECLIPSE do Grupo Galpão, por exemplo, e HÉCUBA de Gabriel Villela. Além destes, fiz também outras apostas, espetáculos que escolhi sem nenhuma indicação segura, apenas apostei no texto ou na proposta de linguagem e fico torcendo para serem gratas surpresas também.
Como em todo ano também, ficaremos um pouco atrapalhados, artistas e público, devido a quantidade de espetáculos acontecendo. Ainda sou defensor da qualidade no lugar da quantidade e gostaria que o Festival acontecesse em outro formato, mas como sei que não adianta insistir, faço vista grossa e tento aproveitar tudo o que for bom e tudo o que eu conseguir.
Tem um clima bom pelas ruas da cidade, onde muita gente bacana procura ser surpreendia pelas atrações e se abrem para as boas propostas. Outra gente, que não se relaciona com o movimento cultural e, sobretudo, teatral de Curitiba, sai de casa no Festival para assistir ou apresentar espetáculos. Todo ano me esbarro em vários acontecimentos interessantes. Surpreendo-me com os nomes das peças, com o comportamento das plateias e com a visão dos artistas. Como toda surpresa o efeito pode ser positivo ou desastroso. Tem de tudo: delícias e bizarrices. Já sei que a felicidade pode ser pura questão de sorte, mas como não tenho preguiça, me jogo e vou fundo.
Estou na área, como diria um parceiro querido, e espero que a gente se encontre.
Tenham todos um bom Festival!
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