Abre Parênteses.
Quero e preciso dizer
já neste início, que não sou a favor dos absolutismos e que defendo a beleza
das exceções. Para tudo na vida não existe a tal unanimidade, sempre existirão
os que defenderão uma posição contrária. Até aí, tudo bem. Ou Não?
Dito isso, direi
livremente algumas opiniões sobre um dos motivos que enfraquecem a arte
teatral, segundo a minha observação da prática. Tais reflexões surgem como uma
possível revisão do comportamento espontâneo e profissional da classe teatral,
perante a sua própria prática, numa tentativa de rever o nosso papel enquanto
artistas e público de teatro.
Vejo constantemente
alguns amigos, artistas de teatro, reclamarem da falta de público no teatro. Pudera,
muitos dos mesmos que reclamam não vão ao teatro. Pelo menos a maioria dos que reclamam não vai. Ou melhor, vai às vezes. Mas esporadicamente,
para quem é de teatro, não vale. De vez em quando só é permitido para o público
comum. Para gente de teatro, não.
Este assunto também abre lugar para a discussão daquilo que é bom ou daquilo que não é. Mas, não é sobre isso que eu vou falar agora. Existe muita coisa bacana acontecendo na cena atual. É só apostar.
Normal
seria se aquilo que nós mais amassemos fosse aquilo que nós mais fizéssemos, ou
seja, se escolhi o teatro para minha vida, seria natural eu gostar de ir
frequentemente ao teatro e ver o trabalho dos outros artistas. Aí é que reside
a questão. Eu gosto, mas mais alguém gosta? Não precisa responder, a gente se
encontra, a gente vê as exceções.
Fecha.