segunda-feira, 20 de dezembro de 2010
FIM DE ANO
sábado, 20 de novembro de 2010
PRÊMIO GRALHA AZUL 2010
A cerimônia de entrega será no dia 15 de Dezembro as 20:30h no Teatro Guaíra em Curitiba.
(MENTIRA! - foto de Caco Ishizaka)
O Centro Cultural Teatro Guaíra em co – promoção com o SATED/PR e SEPED/PR (Entidades representativas da área das Artes Cênicas), divulga a lista de indicados para o Troféu Gralha Azul de 2010, 31ª Edição. Os espetáculos concorrem em 14 categorias: Texto Original ou Adaptado, Cenário, Figurino, Sonoplastia, Iluminação, Revelação - Atriz/Ator e Criadores, Ator Coadjuvante, Atriz Coadjuvante, Ator, Atriz, Direção, Direção de Espetáculo para Crianças, Espetáculo Para Crianças e Espetáculo.
A Comissão Julgadora deste ano é formada por: Christiane de Macedo, Eloá Petreca, Babiana Gomes Porrat Reiner, Sinval Ferreira Martins e Vitória Arabela Sahão.
Conheça os indicados:
1. TEXTO ORIGINAL OU ADAPTADO:
MARCIO ABREU por “Vida”
ALEXANDRE FRANÇA por “ Habituè”
LÉO GLÜCK por “ Rebecca"
2. CENÁRIO:
ALFREDO GOMES por “ Metaformose – Reflexões De Um Herói Que Não Quer Virar Pedra”
EDUARDO GIACOMINI por “Quando a Criança Era Criança”
FERNANDO MARÉS por “Lendas Japonesas”
MARCELO SCALZO e BLAS TORRES por “Sobrevoar”
3. FIGURINO:
MAUREEN MIRANDA por “Sobrevoar”
PAULO VINÍCIUS por “ Mentira!”
EDUARDO GIACOMINI por “Vitamina”
PAULO VINÍCIUS por “Lendas Japonesas”
4. SONOPLASTIA:
VADECO por “ Lendas Japonesas”
EDITH DE CAMARGO por “M.M.M. - A Montanha Do Meio Do Mundo”
KARLA IZIDRO por “ Sobrevoar”
5. ILUMINAÇÃO:
ANRY AIDER por “Lendas Japonesas”
BETO BRUEL por “Metaformose – Reflexões De Um Herói Que Não Quer Virar Pedra”
WAGNER CORRÊA por “ Obsceno Eu Público”
6. REVELAÇÃO - ATRIZ/ATOR e CRIADORES:
ALEXANDRE FRANÇA – DIREÇÃO - “Habituè”
MAÍRA LOUR– DIREÇÃO - “ Coração de Congelador”
UYARA TORRENTE – ATRIZ - “ Elizaveta Bam”
JOÃO PETRY – DIREÇÃO - “ O Visitante”
7. ATOR COADJUVANTE:
JOEL VIEIRA por “Um Chifre Nasceu Em Mim”
RODRIGO FERRARINI por “Vida”
TIAGO LUZ por “Lendas Japonesas”
8. ATRIZ COADJUVANTE:
MAIA PIVA por “ Habituè”
HELENA PORTELA por “ Medéia”
MAUREEN MIRANDA por “ Os Invisíveis”
9. ATOR:
MAURO ZANATTA por “Obsceno Eu Público”
LUIZ BERTAZZO por “ O Homem Piano”
TIAGO LUZ por “ Metaformose – Reflexões De Um Herói Que Não Quer Virar Pedra”
RANIERI GONZALEZ por “ Vida”
OTAVIO LINHARES por “Habituè”
10. ATRIZ:
CLAUDETE PEREIRA JORGE por “ Medéia”
TALITA DALLMANN por “ Engarrafados”
JULIANA ADUR por “ Coração de Congelador”
11. DIREÇÃO ESPETÁCULO PARA CRIANÇAS:
PRETO por “ Lendas Japonesas”
LETÍCIA GUIMARÃES por “Sobrevoar”
OLGA NENEVÊ por “ M.M.M. - A Montanha Do Meio Do Mundo”
MAURÍCIO VOGUE por “ Alice No País Das Maravilhas”
12. DIREÇÃO:
EDSON BUENO por “ Metaformose – Reflexões De Um Herói Que Não Quer Virar Pedra”
MARCIO ABREU por “ Vida”
DIEGO FORTES por “ Os Invisíveis”
13. ESPETÁCULO PARA CRIANÇAS:
“SOBREVOAR” da Cia do Abração
“LENDAS JAPONESAS” do Grupo Camelo
“ALICE NO PAÍS DAS MARAVILHAS” da Messe Produções
“NA FAZENDA DAS MEIAS” da Cia Ânima Teatro de Bonecos
14. ESPETÁCULO:
“METAFORMOSE- REFLEXÕES DE UM HERÓI QUE NÃO QUER VIRARPEDRA” do Grupo Delírio Companhia de Teatro
“VIDA ” da Companhia Brasileira de Teatro
Maiores informações sobre o prêmio Gralha Azul no endereço: http://www.tguaira.pr.gov.br/modules/noticias/article.php?storyid=423
sábado, 2 de outubro de 2010
Entrevista no site CURITIBA CULTURA
Abaixo transcrevo a minha entrevista feita pelo jornalista Diogo Woiczack sobre o espetáculo MENTIRA! para o site Curitiba Cultura. Para ver a postagem original é só clicar no link: http://www.curitibacultura.com.br/noticias/entrevista-com-o-diretor-paulo-vinicius
"Esta semana é a última da temporada do espetáculo Mentira! , no Teatro Cena Hum. A peça é dirigida por Paulo Vinícius, que também fez o figurino e o cenário, além da adptação do texto homônimo de Alexandre França. Para saber mais sobre essa personalidade de múltiplas funções – e também para saber mais sobre as multi-linguagens de Mentira! - entrevistamos Paulo Vinícius:
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CuritibaCultura: Quando vc chegou em Curitiba (Paulo Vinícius é de Bauru-SP)?
Paulo Vinícius: Cheguei no final de 2004.
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CC: E qual era o teu envolvimento com o teatro?
Paulo: Com a cena daqui nenhum. Eu tinha duas vontades: uma era morar em Curitiba e fazer uma graduação em artes cênicas (eu só tinha graduação em filosofia). Sempre trabalhei com Teatro, mas minha formação era autodidata , intuitiva – não tinha uma formação acadêmica. Então vim pro vestibular e já fiquei. Antes da prova fui conhecer o trabalho das pessoas e os espaços. Fui conhecendo o trabalho de todo mundo, observando, classificando, vendo os aspectos que admirava ou que passei a admirar... Trabalho com muitos desses diretores hoje, o que para mim é muito gratificante...
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CC: Eu gostaria de saber: Vc começou como ator e depois foi desenvolvendo essas outras funções?
Paulo: Quando comecei no teatro não era profissional apesar de encarar como, em 1990, em Bauru. Dirigi meu primeiro espetáculo em 1990. Só que aí eu comecei a fazer tudo junto, porque como tava surgindo eu quis fazer o figurino e tive que fazer o cenário, por necessidade... mas também por vontade, porque eu gostava e sentia que aquilo eu podia fazer. Daí segui trabalhando com filosofia, com moda, com carnaval e o teatro junto. Eu não sobrevivia de teatro, mas nunca deixei de fazer teatro. Na faculdade eu fiz curso de interpretação - na FAP (Faculdade de Artes do Paraná) - e todo o trabalho eu sempre me preocupava com a encenação, com estética, figurino, cenário, com o trabalho de uma forma geral. Como eu já tinha outros trabalhos como figurinista, fui trabalhando e formatando meu portfólio. O pessoal foi gostando e me chamando. Mas assim como eu faço figurino e cenário, eu também atuo, eu também dirijo. Tudo no teatro me interessa. Algumas coisas eu não faço porque não sei fazer, como iluminação, que tenho noção, mas não conhecimento técnico.
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CC: O que entendi é que você acumula todas essa funções por uma questão de que pra vc é natural, pois desde o início trabalhou assim. Então em decorrência desses convites, para fazer cenário e figurino, que surgiu a Figurino e Cena?
Paulo: Na verdade a Figurino e Cena começou antes mesmo de eu vir para Curitiba. Eu pensei: preciso arranjar uma forma de organizar meu portfólio. Foi aí que surgiu a proposta de uma marca, que é a Figurino e Cena. Que, sobretudo, remete a essa coisa de figurinista, mas que também abrange todas os âmbitos do teatro.
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CC: E como foi com Mentira!?
Paulo: O figurino de Mentira! tinha espaço para uma linguagem que foge do cotidiano, uma coisa mais teatral mesmo. O figurino do Mentira! tem referências da França mas também do Kitsch, do carnavalesco. O Mentira! partiu dessa vontade de trabalhar com a estética pop, com a estética kitsch.
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CC: O que te levou a eleger essas estéticas?
Paulo: Mentira! é um trabalho que parte de um lugar que é plástico, estético. O meu trabalho no teatro é muito ligado a estética. Então surgiu primeiro dessa necessidade. Eu repensei os trabalhos que fiz na intenção de fazer algo diferente – vontade de mudar. Minha primeira ideia era fazer um espetáculo colorido. Pensei com que poderia trabalhar, e eram tantas linguagens que eu queria por... e isso dialogava com algo mais teatral mesmo, entende? Então eu lembrei do Mentira!, texto do (Alexandre) França que eu já conhecia. Então o texto entrou em um segundo momento. E como eu já o conhecia,sabia que, para montar este trabalho, teria que adaptá-lo – a idéia original não caberia. Daí eu falei com o França, pedi autorização, ele topou, autorizou. Eu disse que adaptaria e mandaria para ele, e que quando tivesse algo concreto de cena chamaria ele para ver o ensaio. O texto ele aprovou, só ficou o final em aberto que decidiríamos juntos. Já fui pensando no elenco – essa coisa de fazer tudo – e já fui convidando o pessoal. Quando começamos a trabalhar eu percebi que na estrutura dramatúrgica do texto caberia uma pegada mambembe para o espetáculo – essa coisa de um grupo de atores compondo e interpretando aquela estória.
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CC: E como foi esse processo de montagem?
Paulo: Fui mostrando tudo o que dialogava com o trabalho que íamos fazer: mostrei cores, texturas, estampas, imagens de roupas, sapatos, perucas... A gente foi criando referências comuns para a equipe. Na parte musical fui dando a entender que o espetáculo tinha mais a ver com jingle do que com canção. O cenário tinha necessidade de projeções, porque a dramaturgia tinha um gancho pra isso – ela dizia: ao fundo é projetado um quadro de Jacques Louis David. Então eu teria que ter mais uma parceria, com artistas dessa área. Daí eu lembrei da Paraphernália Produções Artísticas, que estavam trabalhando com curta metragem, animação, e achei que eles iriam contribuir muito com o espetáculo. Com todas essas informações fui observando que o espetáculo era a soma dessas diversas linguagens. E como eu poderia classificar isso? Então pensei no conceito do barroco. Barroco no sentido de que é uma junção de vários elementos, excessivo.
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CC: Ouvindo isso percebo que tudo isso se encaixa na coisa da farsa...
Paulo: Sim, que é uma coisa que o texto trouxe.
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CC: ...por exemplo essa releituras (ex: como acontece nos figurinos), de customizar...
Paulo: isso, uma re-significação. O texto traz isso para a interpretação: Atores interpretando personagens. Queria que a platéia entendesse que aquilo que está acontecendo no palco é uma mentira. Uma coisa meio Brecht , com o ator se dirigindo diretamente para a platéia, fazendo com que essa platéia sinta que aquilo é teatro, uma mentirinha, não uma verdade. Então os atores contam uma estória e interpretam personagens, mas personagens construídos.
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CC: Eles estão interpretando atores?
Paulo: Eles estão interpretando atores e esses atores estão interpretando personagens. O ator num estado performático. E outra coisa que o texto traz é o jogo entre atores, numa relação triádica com a platéia.
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CC: E nesse jogo existe uma improvisação, uma criação por parte do ator?
Paulo: Existe. Mas tentei direcionar essas improvisações para que elas respeitem a dramaturgia. Mas existe sim, o que faz com que cada espetáculo seja diferente do outro, o que está na própria natureza efêmera do teatro. "
domingo, 26 de setembro de 2010
A MENTIRA POLÍTICA, O FINGIMENTO ARTÍSTICO
Opostos por suas visões políticas, em um momento em que se desenhava a polarização entre direita e esquerda, Charlotte e David se enfrentam na imaginação do dramaturgo curitibano Alexandre França (Habituê e Final do Mês). O encontro fictício entre os dois personagens históricos acontece no espetáculo Mentira!, em cartaz a partir de hoje no Teatro Cena Hum.
Há seis anos na cidade, Paulo Vinícius acumula trabalhos como ator (em Chiclete&Som, dirigido por Nina Rosa Sá), figurinista (Manson Superstar, da Vigor Mortis, e Noite de Reis, que Mauro Zanatta estreará em outubro) e cenógrafo (Homem Piano, da CiaSenhas), além de dar aulas de interpretação na Cena Hum. Antes, vivia em São Paulo, onde fazia a direção de espetáculos. O diretor adaptou o texto às suas pretensões estéticas, identificadas com o pop e o kitsch, o circo e o carnaval, em uma “pegada mambembe”. O debate político está introjetado na encenação, sem que isso tenha sido pensado em coincidência com o período eleitoral atual. “A peça fala de política pela metáfora”, diz. “Através da mentira, discute o discurso político, a expressão artística e o fazer teatral, o fingimento do ator ao interpretar o personagem. A mentira é tomada nesse sentido amplo.”
Ao criar o cenário e os figurinos de Mentira!, Paulo Vinícius deu à figura clássica francesa (com suas imponentes perucas) um tratamento contemporâneo, misturando estampas de zebra com fuxico, e abusando das cores e texturas. Foi uma maneira de interpretar os apontamentos sobre propaganda contidos no texto, inclusive com referências a marcas de produtos industriais. Das embalagens comerciais ao pop de Andy Warhol, das misturas excessivas de materiais ao kitsch, o caminho cumprido aproximou a montagem de uma linguagem que o diretor considera barroca.
Faltou Paulo Vinícius atuar. Essa parte, o diretor deixa com um grupo de quatro atores profissionais: Fabiano Amorim e Luiz Brambila, Verônica Rodrigues e Lubieska Berg. Os dois homens se revezam na pele de Jacques-Louis David, enquando as duas garotas fazem Charlotte Corday. Não bastasse compartilhar os personagens, o elenco também entra em cena desnudado desses papéis, para discutir as posições políticas e o rumo que a peça deve tomar. Oscila entre dois registros: a presença cênica e o personagem construído, naquele tom de exagero dramático do “teatrão”. "
O link para ver a publicação original é: http://www.gazetadopovo.com.br/cadernog/conteudo.phtml?tl=1&id=1047083&tit=A-mentira-politica-o-fingimento-artistico
quinta-feira, 12 de agosto de 2010
Com quantos fuxicos se faz uma mentira?
Enquanto teatro é jogo e enquanto jogo questionada a veracidade das regras. Enquanto encenação, passa pelo Mambembe, pelo Musical e pelo Circo para se tornar Contemporâneo.
De um lado, dois personagens da Revolução Francesa, Charlotte Corday e Jaqcues Louis David, debatem sobre o sentido da arte num tempo de revoluções e cabeças cortadas. Do outro lado, cinco atores discutem a respeito de qual posição política a peça que ali ocorre deveria tomar.
DRAMATURGIA: Alexandre França.
DIREÇÃO E FIGURINOS: Paulo Vinícius.
quarta-feira, 21 de julho de 2010
CLARICE E O TEATRO
FELICIDADE CLANDESTINA
Como pesquisa de linguagem, mergulhamos no trabalho do ator narrador para tentar descobrir em que momento a palavra escrita, célula da literatura, poderia se tornar teatro na boca dos atores. Entendemos também que a célula do teatro, por sua vez, é a cena e que a cena só poderia se concretizar através do corpo do ator. Então, o que mostramos foi a soma de tudo isso.
Ficamos felizes. E por ser Clarice, parece que já pressentíamos que a felicidade também nos seria clandestina.
Ficha técnica:
Roteiro e direção: Paulo Vinícius
Elenco: Ângela Perini, Clarissa Gindri, Dayane Paixão, Greice Yurie, Mariana Kauchakje, Rodolpho Guttierez, Thabata Oliveira e Thiago Herrero.
Coreografia: Dayane Paixão
Programação visual: Edson Godinho
Operação de som: Giselle Benvenuti
Participação especial: Trecho do conto O ovo e a galinha narrado em off pela atriz Simone Hidalgo.
Produção: Mariana Kauchakje
Ficha técnica:
Elenco: Emanoelli Carvalho, Érica Colognesi, Evelise Miranda, Giselle Benvenuti, Guilherme Sanches, Mateus Dal Ponti, Michelle Rodrigues e Ricardo Elias.
Fotos: Caco Ishizaka
Maquiagem: Luis Lopes
Coreografias: Michelle Rodrigues
Direção para canto e baixo acústico: Junior Pereira
Operação de projeções: Luiz Brambila
Operação de som: Manoelle Maciel
Produção: Michelle Rodrigues e Giselle Benvenuti
MENTIRA!
FICHA TÉCNICA: Dramaturgia: Alexandre França – Direção e figurinos: Paulo Vinícius – Direção musical e composição: Leandro Leal – Elenco: Fabiano Amorim, Leandro Leal, Lubieska Berg, Luiz Brambila e Verônica Rodrigues – Programação visual e vídeos/projeções: Paraphernália Produções Artísticas (Fábio Miranda, Luci Orttega e Ricardo Juchem) – Consultoria de iluminação: Wagner Correa – Maquiagem: Luiz Lopes – Fotos: Caco Ishizaka – Realização: Cena Hum Academia de Artes Cênicas.
terça-feira, 6 de julho de 2010
CiaSenhas estreia HOMEM PIANO - UMA INSTALAÇÃO PARA A MEMÓRIA
Neste espetáculo-instalação, ator e público compartilham o espaço-tempo do aqui e agora, e tecem juntos a memória de um homem, cuja história se constrói a partir de esquecimentos e lembranças coletivas.A pesquisa foi iniciada em 2008 no projeto “Narrativas Urbanas – interferências e contaminações” através do edital de Pesquisa em Linguagem Teatral promovido pela Fundação Cultural de Curitiba. Este projeto previa a investigação de fatos reais com repercussão na mídia, selecionados pelos atores. A idéia era problematizar informações midiáticas e conflitos humanos. No projeto inicial o ator Luiz Bertazzo pesquisa possibilidades de levar à cena a angustia de um Homem que perde a memória, vive a ausência de identidade e começa a se comunicar com o mundo através do piano.
A pesquisa se transformou em espetáculo contemplado agora pelo Prêmio Myriam Muniz. O processo de criação, para esta fase, começou em janeiro de 2010 e estréia dia 08 de julho com temporada até dia 18. Serão três apresentações diárias, às 16h, às 18h e às 20h.
Em seu formato final, “Homem Piano” ocupa a sede da CiaSenhas de Teatro e propõe a experiência da construção de memórias entre público e ator num espaço/instalação em que teatro, ficção e realidade se misturam. O público é conduzido pelo ator pelos três andares da sede. No percurso ele é convidado a recordar suas memórias mais felizes ou tristes e se quiser, ao final, poderá doá-las ao Homem Piano.
Neste trabalho a experiência da recuperação das memórias contempla a construção do ontem que reverbera no hoje e nos projeta para o amanhã. No movimento entre lembrar ou esquecer sugerido no trajeto do espetáculo surgem questionamentos e inquietações silenciosas: “Devo lembrar ou esquecer do afeto que me causa saudade, lembrar ou esquecer daquela humilhação inconfessável?”.
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SERVIÇO:
HOMEM PIANO – UMA INSTALAÇÃO PARA A MEMÓRIA
08 A 18 DE JULHO (TODOS OS DIAS EXCETO DIA 14)HORÁRIOS: 16H, 18H E 20HLOCAL: CIASENHAS DE TEATRORUA SÃO FRANCISCO, 35 - CENTROFONE: 3222-0355ENTRADA FRANCA20 lugares por sessão
homempiano.blogspot.com
Uma criação compartilhada de Luiz Bertazzo e Sueli Araujo - Dramaturgia e Direção: Sueli Araujo - Ator: Luiz Bertazzo - Preparação Corporal: Cinthia Kunifas e Mônica Infante - Desenho de Som: Ary Giordani - Desenho de Luz: Fábia Regina e Victor Sabbag - Ambientação do Espaço Cênico: Paulo Vinícius - Figurino e Consultoria Visual: Amábilis de Jesus - Direção de Produção: Marcia Moraes - Assistência de Produção: Lígia Oliveira - Design Gráfico: Adriana Alegria -Fotografia: Elenize Dezgeniski - Consultoria de Vídeo: Luciana Barone - Realização: CiaSenhas de Teatro
domingo, 13 de junho de 2010
O FIGURINO NO TEATRO CONTEMPORÂNEO
Para cada processo, cada espetáculo, cada diretor, há uma forma mais adequada de criação e desenvolvimento do figurino. Este texto tem como objetivo pensar as possibilidades da criação e execução do figurino para as necessidades do teatro. É a partir delas que normalmente se dá o meu trabalho como figurinista.
Dentre todos os caminhos, cito cinco formas que identifico como possíveis para a cena contemporânea:
Esse processo se dá quando o espetáculo é ambientado numa época definida e tem como objetivo reconstruir fielmente as características desse período.
Aqui, meu trabalho consiste primeiramente numa pesquisa aprofundada da época, bem como o estudo do período e da moda. A partir dessa primeira fase, o figurino passa a ser criado e confeccionado segundo as características e necessidades das personagens, texto e cenas referentes.
O processo de reconstrução na criação do figurino se caracteriza como um mergulho no tempo especificado, espaço estabelecido e no interior das personagens após longas conversas com o diretor, atores e demais profissionais envolvidos na criação e construção do espetáculo.
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São inúmeras as possibilidades de criação no figurino teatral. Normalmente esse processo se dá quando sou chamado para desenvolver o figurino de um espetáculo cuja linguagem cênica é desenvolvida pelo próprio encenador. Os croquis são desenvolvidos a partir de temas, textos, conceitos, espaços e qualquer outro estímulo ou ponto de partida. Nesse caso a criação do figurino pode acontecer sem nenhuma exigência rígida por parte do texto, diretor ou produtor. Tudo está aberto para novas possibilidades que venham adequar o figurino ao conjunto do espetáculo.
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A COMPOSIÇÃO
Compor um figurino pode ser executá-lo a partir de peças compradas prontas ou sobre peças do próprio guarda roupa do grupo ou companhia.
Os principais elementos que levo em consideração nesse trabalho é a composição de cores, estilos e formas que estarão em cena sobre o cenário e sob a luz.
Um figurino é desenvolvido por esse processo por motivos práticos como o tempo curto de trabalho, o orçamento limitado da produção, a ausência de mão de obra especializada ou talvez por melhores resultados quanto à fidelidade da criação.
Apesar de aparentemente parecer simples, compor um figurino pode ser um processo muito mais complicado e dispendioso que qualquer liberdade de criação pode proporcionar. A composição oferece excelentes resultados apenas quando estiver associada a uma profunda capacidade estética de acabamento e criatividade para as soluções do figurinista. É também uma arte.
Nesse processo eu acompanho toda a criação e o desenvolvimento do espetáculo, estou presente nos ensaios. O diálogo com a equipe é peça fundamental para o desenvolvimento do figurino colaborativo, pois ele será criado segundo as necessidades de cada ator somadas aos interesses do grupo e ao conceito trabalhado.
O figurinista, envolvido integralmente com o projeto, se preocupa não apenas em vestir a personagem, mas o ator.
Cada linguagem exige uma roupa específica que deverá ser experimentada, substituída e evoluída. Aqui o figurino não é nunca imposto por mim, mas criado com a participação do elenco, diretor e de toda a equipe.
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A ESTIMULAÇÃO
Chamo de estimulação a forma onde o figurino é criado anteriormente a qualquer outro elemento prático do espetáculo. Este processo destina-se aos espetáculos de teatro ou dança contemporâneos que têm no corpo a principal ferramenta do seu discurso.
Neste processo, o figurinista é peça fundamental para a concepção e o desenvolvimento do texto, da cena e, numa proporção maior, do espetáculo. O figurinista estaria também ocupando outros lugares que em outro processo seriam apenas ocupados pelo autor e pelo diretor, o que não elimina a existência dessas funções, apenas os trabalhos dos três artistas são desenvolvidos horizontalmente.
O figurino é o que estimulará a dramaturgia corporal do espetáculo. É sobre a influência que o figurino exerce no corpo do ator que o “texto” será desenvolvido. Neste processo o ator se entrega às criações do figurinista que, por sua vez, estará valorizando, facilitando e estimulando o trabalho do ator.
O fato de ser também ator e conhecer as possibilidades e necessidades desse ofício facilita imensamente meu trabalho como figurinista, principalmente num processo como este.
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Enfim, muitas são as possibilidades de diálogo do figurino com o teatro contemporâneo e foi-se o tempo em que o figurinista era apenas o responsável por pensar esteticamente a indumentária do espetáculo.
Podemos pensar também a relação do figurinista com outros elementos de uma produção cênica e muitos outros assuntos se dobrarão a partir daí, como o tempo necessário para a criação e o desenvolvimento do figurino, por exemplo, mas sobre estes outros temas eu escreverei em futuras postagens aqui no Blog. Por enquanto é só. Espero ter sido útil.
Um grande abraço a todos!
segunda-feira, 7 de junho de 2010
Homenagem a Waldo Léon
"Há mais de 20 anos comprei minha primeira máquina fotográfica. Na década de 90 me especializei em fotojornalismo; trabalhei para vários jornais de Montevidéu e para a UNICEF. Neste tipo de fotografia a luz é um fator importante, como a composição, o momento decisivo, mas não é uma iluminação controlada. O documento fotográfico mais puro é aquele que reúne esses fatores em uma tomada única. No ano de 1992 alguns amigos de teatro me pediram para fazer umas fotos de divulgação; foi o início de uma relação que dura até hoje. Controlar a luz para a fotografia e para o teatro é uma idéia que vem de longe. Pintores como Rembrandt e Caravaggio regulavam as janelas de seus ateliês para controlar a entrada da luz do sol. Com o tempo deixei o fotojornalismo e passei a me dedicar ao teatro. Quando assisto aos ensaios das peças, chego desprovido de idéias, de conceitos e preconceitos Sou um iluminador lento. Preciso escutar várias vezes o texto, a música, ou ver várias vezes uma coreografia, para chegar à mesma pergunta de sempre: o que me agradaria ver neste instante? Esta pergunta leva todos os conceitos técnicos da fotografia; composição, ritmo, destaques, figuras, momentos únicos, fundo, clima, ambiente, época. Fotografias que no geral duram uma cena, uma coreografia, uma frase, uma palavra ou um gesto. Depois de imaginar essa possível fotografia, busco nos recursos técnicos disponíveis os elementos necessários. Não me sujeito a nenhuma regra, podendo ser uma vela, a luz da rua em uma janela ou ainda o mais sofisticado dos aparelhos robotizados, o objetivo é o mesmo, estar em sintonia visual com o que acontece na cena. Complementar, colaborar com o espectador a sentir o que quer transmitir o ator, a bailarina ou o músico. A luz é a influência mais importante em nossa percepção visual do mundo; vemos muito mais do que podemos tocar ou cheirar. Iluminar espetáculos é uma tarefa que requer concentração e paciência. Assistir aos ensaios possibilita exercitar a imaginação e discutir possibilidades estéticas.As novas ferramentas virtuais acabaram por derrocar a tirania dos iluminadores. A iluminação nos espetáculos era até pouco tempo a única coisa que não se podia mostrar antes de executada. Hoje, todos os integrantes do grupo tem a possibilidade de vê-la simulada, enriquecendo e afirmando suas idéias. Não tenho regras para iluminar; uma iluminação de balé pode ficar fantástica em uma peça de teatro, e uma luz de cinema pode ser impactante em um monólogo. Entre as milhares de opções que se apresentam não pode haver apenas uma única forma de iluminar. Dificilmente um espectador se lembra de uma frase de uma peça que assistiu, mas é provável que se lembre de uma imagem. Minha tarefa é realizar essa imagem dentro de qualquer espetáculo. Faço iluminação em todo tipo de cenários, circulares, italianos, também nas ruas, nas tendas de circo, em prédios desativados, em estações de trem, museus, todo tipo de espetáculo, teatro, música, circo, balé, ópera, dança. Em todos me guio pelo instinto da excelência da imagem.Algumas fotos de meus trabalhos podem ser vistas em: http://waldocesarleon.blogspot.com/ "
domingo, 16 de maio de 2010
LENDAS JAPONESAS
Fiz os figurinos e adereços, um convite da produtora Laura Haddad e, além do grande prazer em confeccioná-los, pude mergulhar um pouco mais fundo na cultura e estética japonesa. As lendas japonesas são realmente fantásticas!
A equipe técnica é formada por profissionais extremamente competentes e talentosos, amigos queridos, que não mediram esforços para a realização e o sucesso do projeto.
O espetáculo LENDAS JAPONESAS fica em cartaz até o dia 09 de Junho, sempre aos sábados e domingos às 16h. Os ingressos custam R$15,00 (inteira) e R$7,50 (meia).
FICHA TÉCNICA:
Texto: Patrícia Kamis – Direção: Pretto Galiotto – Assistência de direção: Tiago Luz – Cenografia: Fernando Marés – Iluminação: Anry Aider – Sonoplastia/composição musical: Vadeco – Maquiagem: Marcelino de Miranda – Figurinos e adereços: Paulo Vinícius – Fotógrafo: Daniel Sorrentino – Cenotécnico: Sérgio Richter – Projeto gráfico: Juliana Furuta – Caricaturas em Mangá: Guilherme. Match – Costureira: Rose Mathias – Operação de Luz: Anry Aider – Operação de som: Dayres de Conto – Assistência de produção: Patrícia Kamis – Direção de produção: Laura Haddad – Elenco: Guilherme Fernandes, Léa Albuquerque, Patrícia Kamis, Tarciso Fialho e Tiago Luz.
terça-feira, 4 de maio de 2010
Outro papo.
Tive o prazer de ser o segundo convidado e estou divulgando-o aqui não apenas por isso, mas também porque é um programa super bacana que vale a pena conferir. A primeira edição foi com o ilustrador e videomaker Fábio Biondo.
O link para ver a entrevista é: http://vimeo.com/13117735 e aproveite para conhecer também o site deles que é bem bacana.
terça-feira, 20 de abril de 2010
ELIZAVETA BAM
O espetáculo é fruto de um processo colaborativo coordenado pelos diretores Edson Bueno, Nadja Naira e pela atriz Luciana Schwinden do Grupo Vertigem de São Paulo. Luciana fez o desenho de ocupação de espaço, Nadja, a concepção cênica e Edson, a direção de atores. A produção foi desenvolvida pelo querido e talentoso Pablito Kucarz (Teatro de Breque). A trilha sonora foi pesquisada e desenvolvida por Rodrigo Lemos e a Iluminação é do Wagner Correa. No elenco estão os atores Diego Duda, Eduardo Simões, Flávia Sabino, Kelly Eshima, Thiago Inácio e Uyara Torrente.
A primeira vez que vi uma montagem de ELIZAVETA foi no ano de 2009 quando o diretor Márcio Mattana se apropriou do texto de Danill Charms para a encenação com os alunos do quarto ano de Bacharelado em Artes Cênicas da FAP. Na montagem que agora está em cartaz no Novelas, fora a dinâmica onde o público acompanha os atores pelo desenrolar das cenas, a encenação é completamente diferente daquela. Uma outra abordagem foi dada ao texto de Charms, o que concede grande mérito aos diretores, tanto ao Edson e a Nadja, como também ao Márcio.
O público que comparecer às apresentações verá que o casarão do Novelas se tornou a residência da família de Elizaveta. Os diversos espaços do casarão histórico são a própria cenografia onde se desenrola as conflitantes relações entre as personagens. Relações incestuosas entre pai e filha e entre mãe e filho , além do triângulo amoroso sugerido entre Ivan Ivanovich, Petr Nicolaevich e Elizaveta Bam, são alguns dos temas valorizados para contar a história que se apresenta por trás da densa dramaturgia de Daniil Charms. Uma preocupação recorrente no trabalho dos diretores foi sempre o de oferecer códigos ao público para que ele pudesse costurar o seu entendimento sobre a absurda trama apresentada.
Sobre a dramaturgia caótica, Edson Bueno valoriza o contato com uma experiência surrealista, ou seja, “em nossos tempos de velocidade de informações e necessidade de compreensão rápida, experimentar alguma espécie de surrealismo é quase um exercício de suspensão”, diz ele no programa do espetáculo. Esta é uma excelente dica para quem for assistir o espetáculo, não deixe a razão ser sua primeira guia no entendimento do espetáculo, abra-se para o que talvez possa ser entendido por um outro canal. Desta forma, talvez você construa um novo entendimento sobre ELIZAVETA BAM. Se isto acontecer, não se esqueça de me contar!
No mais, as cenas garantem lindas imagens ao espectador, isto é claro.
Aventure-se! O trabalho está muito bonito!
Foi um grande prazer fazer parte dele.
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ELIZAVETA BAM
De 15/04 a 16/05 de 2010 – Quinta á domingo as 20h – Teatro Novelas Curitibanas (Rua Presidente Carlos Cavalcanti. 1222).
Entrada: R$10,00 (inteira) e R$5,00 (meia)
Informações: 8405-7095 / 3321-3358
domingo, 28 de março de 2010
BREVES IMPRESSÕES SOBRE O FESTIVAL
Ao contrário do ano passado, que escrevi sobre alguns espetáculos separadamente, farei agora um resumo dos principais trabalhos que assisti e que valem à pena comentar.
NÃO SOBRE O AMOR da Sutil Companhia, espetáculo super elogiado pela crítica e ganhador de vários prêmios importantes, se apresentou na mostra Fringe. A encenação é genial, combina um cenário fabuloso com projeções fantásticas e uma iluminação brilhante. Porém, na minha opinião, a dramaturgia é um ponto bem fraco no espetáculo e fez com que a performance dos atores não ultrapassasse a qualidade de um texto bem dito e só.
IN ON IT da Companhia dos atores, dirigida por Enrique Dias, é tão brilhante quanto A GAIVOTA, último espetáculo do Enrique que vi. Pouca tecnologia teatral, muito trabalho de ator, dramaturgia brilhante e direção impecável são os pontos altos do espetáculo.
SIMPLESMENTE EU, CLARICE LISPECTOR, monólogo de Beth Goulart, me emocionou muito pelo grande elogio à minha escritora favorita. É uma bela interpretação de Clarice, fundamentada sobre uma pesquisa bastante rica. Enquanto encenação teatral não ultrapassa nenhum lugar conhecido, mas gostei muito de ter visto.
terça-feira, 16 de março de 2010
FESTIVAL DE CURITIBA 2010
Começa hoje o 19º. Festival de Curitiba que trará até o dia 28 de Março mais de 300 espetáculos para a cidade. Na Mostra oficial 2010 serão apresentados 26 espetáculos, 07 são estréias nacionais e 01 internacional. Na mostra Fringe, companhias e grupos de todo o país se apresentarão em vários teatros da cidade.
Na edição do ano passado tive a oportunidade de postar aqui no blog indicações dos artistas curitibanos. Neste ano, em função do tempo corrido e dos trabalhos que estou envolvido, não tive a mesma disponibilidade de tempo para organizar as postagens e realizar os convites. Porém, na medida do possível, escreverei sobre os espetáculos que me estimularem para isto.
Por enquanto, indico os espetáculos que integro a equipe e que se apresentarão no festival.
O TUC fica na galeria Julio Moreira s/n no Largo da Ordem.
DIAS:
20/03 AS 12h
21/03 AS 20h
22/03 AS 14h
23/03 AS 23h
24/03 AS 14h
27/03 AS 2Oh
Informações pelo telefone (41) 8405-7095
NERVO CRANIANO ZERO será apresentado no Teatro da Caixa Cultural, rua Conselheiro Laurindo 280, no Centro de Curitiba.
DIAS:
17/03 AS 18h E 21h
18/03 AS 18h E 21h
Maiores informações: http://www.vigormortis.com.br/
DIAS:
22/03 AS 17h
24/03 AS 23h
25/03 AS 14h
26/03 AS 23h
27/03 AS 17h
O TEUNI fica no prédio histórico da Federal, Praça Santos Andrade, no Centro de Curitiba.
segunda-feira, 15 de março de 2010
FIGURINO E CENA EM CAMPO GRANDE / MS
A oficina foi promovida pelo projeto INTERAÇÃO, realizado pela Fundação de Cultura de MS. O objetivo do projeto, que se estende até o final do semestre, é investir na capacitação dos artistas locais para que os conteúdos possam ser transmitidos e multiplicados por todo o Estado. A turma de alunos foi formada por 32 alunos, artistas das diversas áreas das artes cênicas, artes visuais e da dança. Os artistas, que foram previamente selecionados por afinidades de currículo, surpreenderam todas as expectativas com relação ao conteúdo ministrado na oficina de figurino.
Para mim foi um grande prazer estar durante os cinco dias em contato com uma turma tão bacana e dedicada. Sempre fico muito feliz em poder transmitir os conhecimentos adquiridos na duração de minha carreira e poder contribuir nesta área ainda tão carente de publicações e informações técnicas que é o figurino cênico.
Agradeço também a equipe de coordenadores da Fundação de Cultura por todo profissionalismo, carinho e dedicação ao me receber tão bem nesta primeira ida a cidade de Campo Grande. Entre todos profissionais envolvidos, agradeço especialmente o carinho, a atenção e a companhia de Lidiane Lima, Bia Marques, Márcio Veiga, Pietro Falcão e Renderson Valentim.
Bacana foi também saber que a produção cultural está em profundo crescimento no MS. Alguns projetos culturais do Estado, como os Pontos de Cultura, são iniciativas importantes para o desenvolvimento cultural e artístico do Estado.
Até o final do primeiro semestre de 2010, artistas e profissionais de diferentes áreas do teatro, da dança, do circo, da música e das artes visuais estarão contribuindo pra a realização do projeto INTERAÇÃO.
Vida longa e multiplicação ao INTERAÇÃO e muita sucesso aos artistas de Campo Grande e de todo Estado do MS.
Obrigado pela parceria.
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Maiores informações sobre as oficinas do Figurino e Cena visite: http://oficinasdecriacaoteatral.blogspot.com/
domingo, 28 de fevereiro de 2010
UM HOMEM SEM MEMÓRIA
O espaço das performances foi criado coletivamente pela diretora Sueli Araujo, por mim (que assinarei o cenário do espetáculo) e pela figurinista e pesquisadora Amábilis de Jesus (responsável pelo figurino e consultoria de espaço).
HOMEM PIANO se desenvolve a partir do conceito de Instalação, proveniente das artes visuais. É a continuação do trabalho iniciado no projeto Narrativas Urbanas de 2008 e quem explica melhor a trajetória desenvolvida até aqui é o próprio ator Luiz Bertazzo: “Em 2008 a Cia senhas de Teatro estava realizando o projeto Narrativas Urbanas - interferências e contaminações. Provocados a encontrar um fato espetacularizado pela mídia, os atores foram atrás de suas notícias, eu então me deparei com este Homem encharcado, sem nenhuma identificação, sem nenhum documento, sem nenhuma memória, mas que se revelou um exímio pianista, assim se resume a história do "Homem Piano"(como foi apelidado pela mídia). Dentro desta narrativa minha busca incessante pelos silêncios deste homem sem memórias, me fez em 2009 correr para a sede da Cia. afim de me apresentar em um pequeno monólogo para a XVI Mostra de Teatro da FAP (Faculdade de Artes do Paraná)”.
Nesta nova fase do trabalho, como justificaria o próprio conceito de instalação, o público será um fator determinante para o desenrolar dos acontecimentos. As apresentações acontecerão na própria sede da Ciasenhas que será totalmente preparada e ambientada para o evento. A data prevista para a estréia é o final do mês de abril.
É com muito orgulho que integro a equipe de criação e posso concretizar o antigo desejo de trabalhar com o Bertazzo, meu amigo querido e talentoso, com a amiga Amábilis, minha sempre professora, e com toda a competente equipe da Ciasenhas de teatro que sempre admirei muito e que já falei algumas vezes aqui no blog. Além dos artistas já citados, compões ainda a equipe Márcia Moraes e Fábia Regina.
Para quem quiser acompanhar o desenvolvimento do HOMEM PIANO, é só ficar conectado no blog HTTP://homempiano.blogspot.com/ . Além das informações sobre o projeto, o blog publica os depoimentos do ator sobre a experiência de coletar as memórias alheias.
Por enquanto, a gente poderá se encontrar em qualquer espaço público da cidade e a qualquer hora do dia.
Até lá.